sábado, 8 de junho de 2013

Exorcisando Defeitos


Mais um post da série “Exorcisando Defeitos”!
Tenho vários...
Também tenho qualidades, mas é muito mais divertido rir de nossos defeitos do que ficar elencando as qualidades.
Nossas qualidades fazemos questão de mostrá-las, mas os defeitos não.
E vocês que me acompanham sabem que sou prendada em diversas áreas. Mas desconhecem minhas mazelas. Aqui no blog apresento somente algumas delas, as mais leves e tal...
As mais terríveis – mas não são muitas, não se assustem... – eu deixo pros mais íntimos.
Coitados...

Eu tenho um problema sério.
Sim, eu sei, vocês sabem...todos temos problemas.
Alguns são passíveis de resoluções rápidas e descomplicadas.
Outros dependem de terceiros para serem eliminados com sucesso.
O meu problema se encaixa numa terceira categoria. A categoria dos problemas que, para serem extirpados de vez, só depende de você mesmo!
Estou numa idade que começo a acreditar que estes entraves que dependem exclusivamente de nós mesmos são os piores a serem resolvidos.
Porque?
Porque a maioria de nós tem a irritante e brasileira mania de deixar pra amanhã.
‘Porque fazer hoje o que você pode fazer amanhã’?
Uma pergunta Glau: Você tem essa mania?
Ah, caro leitor. Obrigada por perguntar.
O que você acha?
Sim...eu tenho esta mania...e impregnada até os ossos.

Vamos aos fatos, num pequeno exemplo:
Saí de casa no final de semana com o foco de fazer encomendas de salgadinhos para o aniversário de 2 aninhos da Cecília numa padaria perto de minha casa. Chegando lá, havia um casal fazendo pedidos. Aproveitei para comprar um pão, enquanto Cecília cumprimentava a todos na fila, pegava produtos nas prateleiras e ‘limpava’ o chão do estabelecimento com a roupa. Um anjo. Enquanto isso, o casal seguia encomendando salgados e doces para um Beira-Rio lotado, tamanha a demora do pedido... Juntei minha paciência curta e a Cecília do chão, paguei o pão e me fui rumo a casa.
– Porque encomendar hoje o que posso encomendar amanhã?

Isso, Glanilci Barros. Faça isso!
E foi o que eu fiz.
Resolvi fazer o pedido por telefone.
Liguei para a padaria, encomendei e pedi o valor, pra poder levar o dinheiro certinho.
Para minha - péssima - surpresa, os valores subiram.
Claro que subiram!
Poderia eu, tendo deixado pra fazer amanhã, ter a sorte de encomendar os benditos salgadinhos sem sobressaltos?
Certo que não!
Aí vem à mente minha imagem dentro da padaria, às portas do atendimento e minutos depois desistindo de realizar aquilo que deveria ser feito.

O cansativo disso tudo é que eu me conheço. Quantas vezes já agi assim? Muitas!
Várias!
Todas!
Mas parece que não o suficiente para mudar este tipo de comportamento.
Porém, pelas estatísticas – e hoje somos todos uma estatística ou fazemos parte de algumas delas – tenho a expectativa de viver o equivalente do que vivi até aqui. Isso muito me alegra, pois tenho chances de mudar, de reverter o quadro.
E lá pelos 70, 80 anos, poderei deixar de fazer alguma coisa não pelo ‘marvado’ ditado do deixe pra depois, mas sim por esquecimento.
Bem mais digno!



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Quase Milionária


(escrita em 8/mai/2013)

Uns dias atrás estava dizendo que, se fosse pra ganhar uma grana, que seja pra ficar milionária.
Sim, porque com a idade que tenho e toda a sorte de carnês, boletos e seus malditos códigos de barras que tenho pra pagar, acredito que ficar somente rica já não será o suficiente.
Os indefectíveis risquinhos pretos se acumulam em gavetas, agendas, porta-correspondências e por aí vai.
Mensalidade de creche, mensalidade de colégio, internet, telefone, roupas, brinquedos, mensalidade do carro (outro filho...só falta sentar na mesa!), gasolina, seguro do carro, assinatura do jornal, supermercado...e por aí vai o escoamento de todo o meu salário!
Rica facilitaria, mas não seria solução...
A ordem é ficar milionária!
Hoje uma colega aqui da secretaria nos instigou a fazermos um bolão da mega-sena. Nunca o fiz. Não que tenha algo contra. Simplismente esqueço que posso tentar a sorte.
Então reunimos mais alguns colegas e estamos concorrendo a uma bolada de dinheiro.
Ganharemos, cada um dos participantes do bolão, algo em torno de 1 milhão e oitocentos mil (escrevi pra não me perder nos zeros...).
O resultado sairá às 18h. Agora são exatamente dez pras cinco.
Ou seja, antes de terminar este texto e antes mesmo de ir para casa, poderei estar um milhão e oitocentos mil mais rica, ou melhor, milionária (mais é boa...)
Guardadinha no banco, esse ‘faz-me rir’ me renderia, por mês, mais ou menos o equivalente a 190, 200 mil reais por mês (Eike deve estar rindo de mim...)
Mas essa quantia me deixaria milionária? Hein? Responda Eike!
A pessoa que ganha o BBB não fica milionária...
Tá bom...ficarei muito rica, quase milionária.
Já dá um bom equilíbrio financeiro, né não?
Aí veio a questão:
Qual a primeira coisa que eu farei com este dinheiro?
Na lógica, pagar as contas.
Mas esse é um gesto de pobre. Pobre que vai de banco em banco e de loja em loja pagar suas dívidas.
Talvez então a primeira coisa que farei será contratar um secretário que irá realizar estas tarefas mais pobrinhas pra mim.
E a mim restará ficar em casa, de pernas pro ar, tramando como vou gastar esse dindin caído do céu.
Tá, chega de delírio e vamos ao sorteio.
Antes, um aviso:
Caso eu não volte a escrever por aqui, saibam que estou fazendo coisas de gente que tem grana e eu não tenho notícia de um blog das Mulheres Ricas, o que dirá das Mulheres Milionárias...

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

De Amores e Chatices



Texto confuso.
Devaneios.
Vários assuntos que se completam. Ou não.
Se tiver a fim...lê, no problem...
Mas não me peça coerência e encerramento com lógica.
To meio lesada hoje...
Hoje...ah, tá!

Nos últimos dias tenho pensado muito no amor.
Não no meu amor, que tem um jeito manso que é só seu...(ai...olha o plágio...)
Tenho pensado no amor sentimento. Sentimento lindo. Sentimento nobre.
Como não somos iguais ao longo de nossa existência, também não é o amor que sentimos.
Por isso amo hoje diferente de como amava antigamente.
E acredito que amo melhor.
Mudei quando saí da adolescência...quando virei mãe, quando perdi pessoas queridas. A cada mudança brusca ou significativa na nossa vida, também mudamos, mesmo que às vezes seja essa mudança quase imperceptível.

Conversa comprida essa. Dá pra filosofar sem chegar a nenhum lugar...

Na verdade vou contar uma coisa: eu era uma chata!
Acredita?
Logo eu, que sempre me achei tão bacana, tão legal, tão pra frentex, já fui apontada como chata.
Uma chata, cara...que coisa, hein?
E me disseram na cara dura, sem aviso prévio!
Foi mais ou menos assim:
- Tu sabia que te acham uma chata?
- Oi? Ahahahaha
- ...
- kkkkkkkkkkk
- ...
- SHUAHSHUAHSHUAHshuashushshuahshuashuahshuahsuhasuhas..........
- ...
- O que???? Ah! Não é uma piada? Acham mesmo? Assim, na 3ª pessoa do plural? Então são várias pessoas? E eu, na minha humilde chatice, posso saber QUEEEEM são essas pessoas?

Fiquei sabendo de uma pessoa...mas quantas outras não me acham chata também?
Fiquei sem chão! Como assim?
E assim passei pelos cinco sentimentos que uma pessoa que está com a morte batendo à sua porta passa:

Negação e isolamento – raiva – barganha – depressão – aceitação

Ah, mas peraí: por acaso achei eu que todas as pessoas que me conhecem ou que convivem comigo me acham legal?
Nem Jesus Cristo (apelei agora...), santa criatura, agradou a todos. Porque cargas d’água eu, simples, porém vitaminada – e humilde – mortal deveria agradar?

Mas depois de toda essa tempestade de sentimentos por que passei em alguns minutos, ouvi:
- Na verdade tu não é chata, é só uma impressão que as pessoas tem de ti...tu é um doce de pessoa...

E então voltamos ao início do texto.
O que faz o amor, né não?
O amor me transformou de chata em potencial – mesmo não sendo, tá? – em uma pessoa doce, amável, agradável de conviver.
Porque isso? Porque o amor transforma.
Vai ver eu era uma chata mesmo, posso até me ver assim em certas situações.
Mas hoje, com amor e alegria no coração (nossa, isso dá um bom nome pra hino religioso...) e também com o que já vivi até aqui, me tornei uma pessoa melhor, mais tranqu
ila, menos exigente com coisas bobas, mais condescendente com aquilo que antes me irritava profundamente.
Enfim...
A ordem é viver, amar e se transformar.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Tremendo show! E em março!!!!


Viu como reclamar aos quatro cantos funciona?
Há alguns dias, resolvi reclamar publicamente da infâmia de, neste mês de março, todos os mais significativos shows musicais tenham aterrissado em solo gaúcho, impossibilitando a minha pessoa de assistir sequer um deles pela simples razão de terem, todos eles, ingressos a preços que cabem, nesta época do ano, somente no orçamento dos magnatas, ou dos mais organizados que eu, ou dos com menos filhos que eu, ou dos mais sortudos que eu....enfim...fazer o que?

Mas os anjos do compadecimento, da redenção e da benevolência devem ter escutado minhas lamúrias, minhas lamentações, meus chororôs, e resolveram me enviar, através do Jessé, um ingresso para o show dele, o amigo do Rei, o meu amigo Erasmo Carlos!
Ele mesmo, o Tremendão!
Quando?
Em MARÇO! Acredita?! Aos quarenta e cinco do segundo tempo!
E adivinhem onde?
Sim! Lá mesmo!
No Araújo Viana! Com sua cobertura fantástica e suas platéias subdivididas conforme a quantidade de dinheiro que você dispõe!
E o meu lugar?
Na platéia baixa central,viu? Eu disse central!
Sentei ao lado do Fogaça e sua mulher cantora, tá meu bem?

...
Breque:

Caro leitor: Esqueçamos aqui que o show era gratuito, em comemoração aos 241 anos de Porto Alegre...as pessoas iam a alguns postos de retiradas de ingressos e trocavam quilos de alimentos pelas entradas e coisa e tal...Porém isso não torna minha ida ao show menos glamourosa! 

...

Continuando:

Mas como se deu este milagre, Glau?
Ah, foi assim:
No domingo passado, deu-se o seguinte diálogo:
Jessé: Ganhei um ingresso pra ver o show do Erasmo Carlos, na terça, no Araújo Viana!
Glau: Ah...
Jessé: O Fulano me deu...
Glau: Que bom... (que bom pra ti, pensei....)
Jessé: Vou ver se consigo mais um...
Glau: Ahãm (foi que eu disse – mas o que eu pensei foi: Ahãm Cláudia, senta lá!)

E convenhamos, um diálogo onde a mulher só troca monossílabos...não é boa coisa...

Eu também quero ir no shoooooow, namorado!!!!
Em razão do DNA* destas lendas vivas da MPB, não se pode perder show algum deles.
Eu mesma tenho uma lista de vários shows que quero ir antes que certos artistas batam as botas.
*data de nascimento avançada

E eis que meu pop star particular conseguiu o tal ingresso!

Porém, quase que vai tudo por água abaixo!
Quase que a tosca criatura aqui perde esta, acredita?

Jessé me manda um email à tarde dizendo que o meu ingresso tá na mão, mas tenho que chegar lá às 20h30min.
Detalhe importante: Não olhei meus emails à tarde.
Chego em casa e nem ligo o netbook.
Estou sem carro também, porque emprestei pro meu pai...
Quando chego na minha humilde residência, nem sinal de pai, mãe, filha 1 e filha 2...
Um silêncio...
Tão bom o silêncio às vezes...
Lá pelas tantas, resolvo dar uma olhada no Face – recados, mensagens, notificações –  e, por descargo de consciência, dou uma olhadinha no email também.
Olha! Um email do meu amor...vou ver...deve ser pra dizer que me ama ou coisa parecida...vale a pena...

PQP!!!! Que horas são, cara$@#¨#&##(%&*%$$!!!!!!
19h15min!
Ligo pra ele. Combino. Tudo certo!

Mas cadê o carro?
Ligo pro pai, pra mãe, pras filhinhas, pra Dom Chico!
O papa atendeu, eles não...

Não! Nada de pânico!
Dá tempo!
Mas eu me conheço...na pressão, fico correndo atrás do rabo...um inferno!

Então num lampejo de lucidez e organização que não me habitam costumeiramente, fui me aprontando: me maquiei, escolhi e vesti a roupa, arrumei o cabelo e, neste meio tempo, como num milagre recebido pela determinação desta fiel que vos escreve, o carro chegou e me vi rumando para o show, ao encontro do meu amor, com ouvido,  mente e coração abertos para apreciar uma noite de rock vintage com o meu amigo...o meu amigo Eraaaaasmo Carlos!!!!




O show foi um verdadeiro passeio por todas as fases da vida dele, com sucessos como Sentado à Beira do Caminho, Minha Fama de Mau, e Mulher, além de um pout-pourri de Motel, como ele mesmo intitulou, com as músicas em parceria com Roberto Carlos, como Detalhes, Café da Manhã e Como É Grande o Meu Amor Por Você.

E como diz minha vizinha de platéia Isabela Fogaça:
Porto Alegre é demais!


sexta-feira, 8 de março de 2013

Março é show! E como!

Hoje me dei conta que armaram um complô perverso e sem coração contra nós, pessoas que tem certo bom gosto musical, mas que, em detrimento a diversos compromissos financeiros que se estampam logo no início do ano, como férias, carnaval, material escolar, matrículas de colégio, etc..., ficamos, como se diz aqui nos pampas, ‘mal das pernas’ de dinheiro.
Quando soube que Djavan estaria em Porto Alegre, em março, pensei: bom, de repente, comprando uma caixa de lápis de cor a menos e vendo as escolas de samba na TV ao invés de ir ao clube pular carnaval em círculos, possa sobrar algum dindin pra ir ao show cantar Sina e gritar ‘lindo, urrú!...
Ledo engano...ledo engano...ledo engano!
O show, que há alguns anos assisti no Araújo Viana, teatro popular e de resistência, e pelo qual paguei módicos R$ 40 reais, hoje está custando uma fortuna perante os meus dividendos, com faixas que vão dos 90 aos 140 pila, no mesmo Araújo Viana, porém agora com cobertura (de ouro, acho), e dividido em platéia central baixa, platéia central alta, platéia lateral baixa e platéia lateral alta – eu mereço...
O que não se faz pra arrancar dinheiro do povo ávido por algo que tenha mais de três acordes...
Bom, já estava resignada, quase tranqüila, por não poder ir djavanear quando, ao longo da semana ao ler os jornais do meu Rio Grande, deparar-me com o que chamei lá em cima de complô:
Todos os shows que eu gostaria de ir este ano, depois de estar mais ‘folgada das patas’ na minha conta bancária, todos eles serão em março. EM MARÇO!!!! Não um em abril, outros dois em junho, pra se poder escolher entre um e outro...mais um ótimo em agosto...
Não!
Não!
E não!
Todos (alguns) os meus ídolos resolveram vir em março para Porto Alegre!
Todos e muitos! Vários!
Milton Nascimento, Marisa Monte, Elton John, Maria Bethânia, Ney Matogrosso!!!!
Ah, por favor! Eu, hein? Olha, difícil de acreditar!
Alô, produção, é isso mesmo? É essa a agenda de março?
Ou os artistas em questão também estão quebrados em março e tiraram este mês pra repor suas economias, ou eles querem limar das platéias altas e baixas, as classes B, C, D e por aí vai.
Estou musicalmente chocada, triste, deprimida...
Não vou ver Djavan, com este preço é mais fácil aprender japonês em braile...
Não vou ver Milton, seus sons e seus tons geniais...
Não vou ver Marisa Monte, talvez depois, de passar tantos anos...
Não vou ver Maria Bethânia, ta combinado, é quase nada...
Não vou ver Ney Matogrosso, mas também nunca vi rastro de cobra nem couro de lobisomem...
E não vi Elton John...I hope you don’t mind...
Não vou ver nada!
Vou baixar os shows, por no pen drive, fazer uma pipoca e assistir em casa, no camarote da Bohêmia - o único gasto que vou ter...com as cervejas...e depois de algumas delas vou até achar que estou na platéia baixa ou no fosso do teatro...

segunda-feira, 4 de março de 2013

Pecado Capital





Comprar é um vício.
Gastar dinheiro é um vício.
Um vício destes é totalmente cabível e confortável para aquelas pessoas que não tem um orçamento apertado como uma calça de brim Lee, da década de 70.
(Pros leitores mais novos não!, a calça Lee não é uma marca da centenária pop rock star Rita Lee. 
E sim!, brim coringa é igual a jeans, sem strech.)



Mas pros assalariados, classe B (ex-C), é um vício que se instala pra fud...çar a vida e a conta bancária da gente!

E adivinhem: pra minha falta de sorte, eu tenho este vício.
Mas você só tem este vício Glau?
Sim! Só este! E você acha pouco?

Os outros vícios que tenho não são vícios e sim manias adquiridas ao longo do tempo. E quanto mais se vive, manias vamos colecionamos pelo caminho: por o feijão em cima do arroz, dormir com a TV ligada, estender a calcinha lavada na janela do banheiro – herança passada em vida pra Maria Luiza – , sair no portão de casa e voltar porque esqueceu alguma coisa, tomar cerveja – é...talvez seja um vício...mas infinitamente menor do que gastar o que se tem e o que não se tem.



A questão é a seguinte: gastar é um vício maldito e indigno, que se instala em nosso ser num momento em que estamos totalmente distraídos e quando vemos estamos tomados pelo caboclo gastador.

Ele baixa no cavalo sem pedir licença, quando menos esperamos e justamente quando estamos perto de algo que não cabe no nosso bolso. E cega e alheia à realidade, a pessoa gasta os vinténs que tem (à vista) e que não tem (à prazo), sendo este o pior dos gastos, pois a criatura fica endividada por um período longo e doloroso...

Mas não doloroso o bastante para deixar o vício de lado.

E as coisas que compramos realmente são necessárias?
Posso dizer, como conhecedora de causa, que, na maioria das vezes, não.
‘Curar’ este vício não é difícil, mas também não é fácil...
Tem alguns truques e macetes que podem e devem! Ser feitos por um viciado em gastos. Eis alguns deles:
1º passo: Ir ao supermercado/farmácia/shopping/armazém/boteco com uma lista enxuta e precisa do que realmente você necessita.
2º passo: Sair com o dinheiro contado...porém, na era do dinheiro de plástico é complicado, mas não custa tentar...

3º passo: Quando deparar-se com algo que faça seus olhos brilharem, suas pernas tremerem e seu bolso derreter, devolva para a prateleira ou vendedora, vá para casa, deite a cabeça no travesseiro e reflita...mas reflita meixxxmo! Pese os prós e os contras, e não deixe sua mente agarrar-se aos prós, que geralmente são sedutores e ilusórios. Ajuda nesta reflexão cantar um mantra indiano forte, rezar uma novena ou tomar um Rivotril.



São muitos os passos e... (isso me lembra sapatos e...não!!!).

Poderia passar o resto do dia elencando outras tantas ações que ajudariam uma viciada a levar uma vida menos ordinária...

Mas me sentiria como a rapariga do filme ‘Delírios de Consumo de Becky Bloom”, onde a personagem Rebecca Bloomwood vira uma consultora de como sair do vermelho eliminando os gastos extras e, na verdade, ela mesma não segue seus próprios conselhos...




Quero dizer que da construção deste texto (no ano passado) até hoje, tenho conseguido me manter até bem comportada.

Porém, tem dias que o tambor daquele caboclo do consumo começa a tocar baixinho, longe...e de repente ele baixa!
E lá se vai por água abaixo listinhas, mantras e reflexões.

To começando a achar que isso não seja propriamente um vício, e sim uma possessão.

Próximo passo: exorcismo...



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O Meu Namorado


Isso mesmo. Não é um título pra falar de ‘namorado’, no geral.
Não! É pra falar do meu mesmo.
É!!!!
Passei um tempo fora daqui e trago ótimas notícias!
Recebi, no início do ano, mais um título (sinto muito, mas estou acostumada a títulos, sou colorada...): o de namorada. 
Ai, ai (suspiro!).

Meu Namorado – assim mesmo, com letra maiúscula, porque ele é demais – disse que eu escrevo bem.  Que meu texto é envolvente e leve, mesmo quando o assunto é tenso. E olha que nas últimas postagens a coisa não estava para brincadeira.

Ah...mas opinião de namorado...não vale...

Aí é que você se engana, ingrato leitor!

Uma crítica dessas, vinda de alguém que escreve de verdade – e escreve muito bem – é digna de exibimento, até porque ele não é do tipo que sai distribuindo elogios por aí, e muito menos o faz por simpatia ou agrado a alguém, mesmo pra mim, que sou a namorada...
Quando ele não gosta ou não concorda, não adianta: não curte e não compartilha! Vai te dizer na lata! 

E eu gosto disso!

E viva o gosto de cada um! ...Tom Jobim e Fernanda Montenegro que o diga...

Mas tudo isso é pra dizer que:

1. estou namorando – e está tão bom que até me animei a voltar a escrever no fantasmablog...
2. talvez, quem sabe, de repente, eu volte a freqüentar* mais este endereço – sem promessas, e tal (veja post anterior...)
            * odeio a reforma do Lula, vou por trema em tudo e pronto!
3. meu namorado é um sujeito ocupado... – ah, mas não ia perder a oportunidade de cantar a musiquinha da Joanna nunca...perco o namorado mas não perco a piada! (brincadeirinha, namorado!)

Ai, eu me divirto...né Dissé?